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O Artista

Quando acordo para um novo dia, vejo as possibilidades de uma nova forma, no entrelace dos raios de luz, que avançam pelas janelas de vidro, nos cristais dos copos sobre a mesa de granito cinza. Acordo para os fragmentos de um novo tempo! Ou, para a solidez de uma outra tarde, ao abc dos sonhos... onde cordilheiras distantes, são minhas amigas, no café da-minha-manhã-tardia. Em minha Casa-Atelier, rebusco a bela, mulher-modelo que se foi, e as formas tortas de um traço súbito, do espontâneo vasto volume da alma, em expressionismos cânones aprofundados, por minha adoração por Picasso.  

 

Ainda é meio-dia, e para muitos, já é quase fim!  

 

Sou nesse momento um escravo da minha missão! Escravo, por ser absolutamente entregue ao espaço atmosférico, que a arte me dá... E...não tendo para onde ir, me torno o amante oportuno, das gamas do impressionismo, que na delícia da caldeira das cores, 

 

 oferece, deleitosamente!  Flamulo, sobre a pele de linho branco, no acaricio dos pincéis de marta, no tingir das tramas fartas, onde as cerdas são incerdas, nas minhas mãos de artista!... 

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